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Valuation Para Provedores

Valuation Para Provedores: Era final dos anos 60 e no Brasil começaram a pipocar termos em inglês com a chegada de produtos com a filosofia dos EUA, como: jeans, hot-dog e milk-shake.


Nesta época, inclusive, era “moda” cantores brasileiros usando pseudônimos se passarem por estrangeiros. Temos, por exemplo: Chrystian e Ralf (sim da dupla sertaneja), Fábio Júnior, Jessé e muitos outros, e cantando em inglês.


Era inevitável uma invasão de termos em inglês no nosso cotidiano. Não obrigatoriamente nesta ordem, mais tarde viria o skate, o hambúrguer, o shopping center, o freezer, o software, o hardware, o e-book, o joystick, o smartphone e tantos outros que se incorporaram ao nosso dia-a-dia.


É melhor pararmos por aqui! Se tentarmos enumerar pelo menos metade das palavras do inglês que entraram e continuam entrando para o uso corrente do nosso idioma – ficaremos exauridos antes de ter sucesso nessa empreitada. A lista não para de crescer e, de uns tempos para cá, incorporou mais um termo: o valuation.


Valuation:

Agora a questão é que não se trata apenas de mais uma simples palavra. A coisa ficou “um pouco” mais complicada. E não necessariamente porque envolve diretamente do mundo dos negócios. Mas porque o conceito ainda é muito amplo e meio vago.


Assim, não se pode defini-lo de uma forma simples. Não basta, por exemplo, dizer que valuation é um termo inglês que significa “avaliação de empresas” e que corresponde ao processo de estimativa de quanto vale um determinado empreendimento.


O termo nos remete a uma questão mais complexa. Em um passado não distante, empresas eram avaliadas tipicamente pelos bens materiais que possuíam. Tínhamos terrenos, prédios, mobiliário, frota de veículos, ferramentas, quantidade de funcionários e de outros elementos físicos e palpáveis. Na atualidade, em função da revolução provocada pela era digital e pós-digital, o conceito mudou sensivelmente! Portanto, o valuation de uma empresa está em relação direta e inevitável com o “intangível”.


Intangível:

Então, para começarmos a “dissecar” esse conceito, basta pensar no exemplo do Uber. Mesmo sendo uma das maiores empresas de transporte de passageiros do mundo, ele não possui frota de automóveis. Seus escritórios, funcionários, salas e equipamentos de informática são enxutos. Ficando todo o “valor” ou alma da empresa Uber vinculada ao número de seus associados e, assim, ao conjunto de equipamentos que permitem seu funcionamento.


Agora que está começando a entender o que o valuation significa, vamos supor que queira vender seu automóvel. Se ele estiver com peças originais, bem conservado, manutenções em dia, mesmo com quilômetros rodados, mas com documentação e impostos ok, seu valor de mercado certamente estará acima da tabela Fipe. Não será difícil achar um comprador interessado, ainda tendo a possibilidade de escolher a melhor venda.


De outra forma, se o automóvel estiver com problemas de documentação, peças não originais e “enjambradas” fora das normas de trânsito, será difícil encontrar um comprador interessado e seu valor de mercado estará abaixo da tabela Fipe.


Analogamente, uma empresa, como um provedor, por exemplo, funciona de modo bastante similar. Ou seja, se tudo estiver “redondinho” como num automóvel, não faltarão investidores interessados em adquirir sua estrutura. Ávidos por sua carteira de clientes, lhe pagando um preço “inflado”.


Concluindo, fica muito fácil entender que o valuation deste provedor será proporcional ao tipo de estrutura operacional que tenha adotado desde sua implementação e de seu processo de gestão de clientes, técnico, jurídico e administrativo.


Autor: Droander Martins

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