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Governança corporativa em ISPs familiares

Foto do escritor: IPV7IPV7

O que é Governança Corporativa?

Antes de mais nada, o que é governança corporativa? É um processo em que se agregam conceitos, leis, políticas, velhos costumes, regulamentos e instituições. Estes regulam a maneira como empresas são administradas ou geridas. Assim, o objetivo é proporcionar um relacionamento harmonioso entre acionistas, diretoria, área administrativa, auditoria independente e conselho fiscal.


Empresas Familiares!

Para compreendermos um pouco da importância da governança corporativa vamos falar sua aplicação em empresas de caráter familiar. E em especial em ISPs. Não há nada de errado em empresas familiares. Mas nestes casos é importante que exista uma gestão eficaz de governança corporativa.


Decisões visando caráter pessoal ou familiar podem comprometer seriamente a administração de uma empresa. Algumas delas podem prejudicar diretamente pessoas da família que trabalham nessa empresa. Mas se essas decisões não forem tomadas corre-se o risco de falência que prejudicaria a todos. Então, quando um provedor inicia um processo de expansão e profissionalização, não se admite nepotismo ou favorecimento. Porque isso não soluciona problemas decorrentes de decisões administrativas incorretas.


Questão de sobrevivência!

Empresas de caráter familiar estão cada vez mais enfrentando dificuldades frente aos novos desafios impostos pelo mercado. Decisões apenas de caráter familiar, como “sempre foi assim”, por exemplo, ou pessoais não são eficazes. E pior, provocam erros e grandes problemas. Para que um provedor permaneça forte ou cresça em um mercado altamente competitivo é importante que decisões corretas sejam tomadas. E sem favorecimento a um ou outro (especialmente familiares).


Se você deseja expandir, entenda que investidores não costumam aplicar dinheiro em empresas de caráter familiar. A não ser que exista uma governança corporativa séria e comprometida. Além da governança corporativa valorizar o provedor, oferece segurança aos investidores.


Empresas familiares somam 80% das empresas no Brasil conforme pesquisa da consultoria PWC. E são responsáveis por mais da metade do PIB nacional. Entretanto, apenas 12% dessas empresas chegam à terceira geração familiar. Ou seja, não há a perpetuidade de empresas familiares. Em geral, a primeira geração constrói, a segunda usufrui com excessos e destrói o que foi criado. E esses problemas não são uma característica única e exclusiva do Brasil.


Conclusão:

Há ainda muitos “ranços” que permanecem e atravancam a evolução de empresas de caráter familiar. Assim, empresas familiares costumam apresentar alguns problemas como administração informal; falta de conselho administrativo; erros em políticas de atração e retenção de talentos; e conflito entre os herdeiros.


Mas é de total importância que seja adotada governança corporativa. Portanto, para que os provedores familiares permaneçam no mercado, devem ser solucionados diversos problemas. Entre eles: separar despesas familiares dos custos da empresa; confiar nas informações gerenciais; mudança de cultura da empresa, disciplina e prestação de contas.


A implantação de governança corporativa é um processo de médio e longo prazo, contínuo e progressivo.


Autor: Droander Martins

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