Disrupção e Exponencialidade – O que isso tem a ver com provedores? Inicialmente, para responder, vamos imaginar algumas situações para que seja possível abordar mais claramente o assunto. Por exemplo, se carros voadores já estivessem populares e totalmente vendáveis, sejam do tipo drone ou outro, que será das fábricas de pneus? Realidade ou ficção?
Pense agora que estivesse em plenos anos 70, e que você soubesse o que sabe hoje! Incrível o mundo de possibilidades, não é mesmo? Em todas as áreas, é claro. Mas especialmente na nossa área de atuação, em tecnologia. O futuro se desenha ao seu modo, mas podemos prever algumas coisas. Na atualidade, para nos mantermos vivos a chave é a “informação”.
O mundo da tecnologia e a disrupção!
Quando os computadores pessoais começaram a surgir, isso já serviria para que quem trabalhasse com máquinas de escrever ligasse um alerta. Impressoras e máquinas de escrever elétricas com corretivo o que seria o futuro? A gigante Big Blue IBM já sabia. Tanto é que investiu no desenvolvimento de impressoras. Mas obviamente ganhou o mercado, em seu tempo, relativo às máquinas de escrever.
Carburador ou injeção eletrônica? O que prevaleceu no mercado? Partindo disso já podemos definir o que significa tecnologia disruptiva. Tecnologia disruptiva é toda estrutura, equipamento ou tecnologia que suplanta (condena à morte) uma já existente e dominante. Mas para que isso ocorra algumas coisas são cruciais. Como, por exemplo: que represente menor custo, ou que tenha vantagens tais que inviabilizem a outra tecnologia antecessora. Nessa premissa, ainda falando em injeção eletrônica, como ela fica com a popularização dos automóveis elétricos? Não fica! Porque deixa de existir! E como ficam as fábricas de injeções eletrônicas se não se reinventarem?
Exponencialidade tecnológica o que isso significa?
Exponencialidade tecnológica diz respeito às constantes mudanças que ocorrem na área tecnológica. Mas, essas mudanças são cada vez mais frequentes formando uma curva exponencial, provocando o processo de disrupção entre o velho e o novo.
Dessa forma, há uma infinidade de exemplos no mercado. Mídias on-line (Netflix, Spotify, por exemplo) versus mídias em formato de CD, DVD ou Blu-Ray. Rádio Relógio Despertador versus Celular. Telefone fixo versus celular. Armazenamento em nuvem versus pen-drive. TVs tradicionais versus Smart TVs. Celular ou computador! Quem vai prevalecer? Será que o celular não assumirá esse papel integralmente com acesso às telas maiores ou Smart TVs? Ou já não é assim? Essas abordagens já definem claramente por si só a questão da exponencialidade e da disrupção.
Disrupção, exponencialidade e provedores?
Assim como observamos com outros mercados, tecnologias e equipamentos podemos tentar “prever” algumas coisas para o mercado de Telecomunicações. Em especial o mercado de provedores de Internet. Mas qual a importância disso? Me parece que frente ao que foi abordado é de fundamental importância para sua sobrevivência!
Antes de mais nada é importante salientar que o mercado de ISPs vem apresentando uma forte tendência de consolidação. Envolvendo compras, vendas e fusões, como podemos observar que já vem ocorrendo em nível mundial. E nessa “levada” que a exponencialidade e a disrupção se tornam extremamente importantes. Além disso, temos a questão de inovação e diferencial de atendimento ao cliente associadas a isso. Pequenos provedores (mini ou micro operadoras de telecomunicações como gosto de chamar) têm a preferência do consumidor com velocidade e estabilidade na banda larga.
Há previsões que a participação do mercado de provedores nesse ano irá ultrapassar 25% do total de conexões de banda larga fixa. Isso corresponde a um quarto desse mercado. Em conclusão, a partir deste ano os provedores entrarão fortemente também no segmento corporativo. Atuando em projetos de maior valor agregado e com Internet das Coisas (IoT), o que certamente envolve parcerias com outras empresas reforçando a questão das fusões. Os provedores conhecem como ninguém as necessidades dos seus clientes. Estão prestando melhores serviços que as grandes operadoras, os números estão aí para comprovar.
Desse modo, provedores estão passando por um processo de disrupção a começar pela transição do processo da entrega de Internet do rádio para a fibra óptica. E não vai parar por aí! E você provedor? Vai parar no tempo?
Autor: Fernando César Morellato