Splitter, Spinter ou split? Essa pergunta é importante, porque frequentemente leio ou escuto pessoas se referindo ao splitter óptico como Splinter ou split. Primeiramente é preciso dizer que Mestre Splinter ou simplesmente Splinter, é um personagem fictício do desenho “As Tartarugas Ninjas”. A tradução da palavra splinter é lasca.
Split é uma modalidade de condicionador de ar composta por duas partes separadas. A unidade interna evaporadora e a unidade externa condensadora. A tradução da palavra split para o português significa dividir.
Splitter
Agora sim, vamos falar do splitter, que traduzido para o português significa divisor. Mas é preciso enfatizar que a palavra splitter isoladamente significa qualquer tipo de divisor. Por exemplo, temos um tipo de splitter passivo comum usado em sistemas de TV. O splitter de RF (Rádio Frequência) é um divisor óptico usado principalmente para separar o sinal de vídeo para dois a cinco pontos.
O splittter óptico (ou divisor óptico) é um dispositivo indispensável para a construção de redes PON (Passive Optical Network). Assim, é preciso salientar que o splitter óptico é um elemento totalmente passivo utilizado em Redes FTTx. Ele realiza a divisão (ou agregação) de sinais ópticos de uma fibra para várias outras. Portanto, divide o sinal óptico de sua entrada em suas portas de saída ou realiza a agregação destes sinais em caminho inverso.
Redes Passivas
Como é um elemento totalmente passivo não regenera sinais, ou seja, não recupera eletricamente ou opticamente sinais. Por essa razão não necessita ser alimentado eletricamente. Algumas pessoas, equivocadamente costumam se referir às redes ópticas passivas como sendo passivas por não serem alimentadas. Na verdade, o que confere a característica passiva não é a falta de alimentação necessariamente, mas sim a “não regeneração” da informação da origem ao destino. Podemos associar a velha brincadeira do telefone feito com latas e barbante. Nela os elementos ativos (interlocutores) estão as extremidades. E o meio é passivo.
Em redes FTTx o splitter, é quem permite que o sinal seja compartilhado para vários usuários. A utilização de splitteres em uma rede óptica proporciona a arquitetura ponto-a-multiponto, ou seja, uma fibra ou cabo proveniente da central se subdivide para atendimento a inúmeros usuários em diferentes localidades.
Splitter simétrico e assimétrico
Podem ser do tipo balanceado, também chamado de simétrico. Neste caso, ujas saídas assumem valores idênticos. Os tipos balanceados possuem uma porta de entrada e podem ter 2, 4, 8, 16, 32 ou 64 portas de saída e dividem a potência de entrada igualmente nas portas de saída. Assim, a razão de divisão ou cardinalidade dos splitteres sempre será um múltiplo de dois. Por este motivo são fornecidos nas razões (ou cardinalidade) de 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, 1:64.
Os modelos desbalanceados ou assimétricos possuem uma porta de entrada e duas de saída. Dividem a potência de entrada conforme sua razão de acoplamento, onde as saídas assumem valores desiguais, em percentuais em relação à entrada, que somados totalizam 100%.
A simbologia usada para representar splitteres simétricos e assimétricos é um triângulo, diferenciando-se um do outro por um pequeno traço.
Pode ser considerado o dispositivo fundamental para a construção de uma rede óptica passiva. Porque já que é justamente ele que dá nome de “passivo” ao sistema. Sua função é dividir a luz de uma fonte de entrada em dois ramos de saída.
Modelos de Splitter
Os splitteres, além da divisão do sinal óptico que proporcionam, apresentam uma perda na potência do sinal, conforme a divisão que fazem entre as portas. Podem ser adquiridos em modelos com fibras “nuas” ou conectorizados, para rack. Para uso interno ou externo.
Existem diferentes tipos de splitter, aqueles apropriados para redes PON e para outros fins. Em divisões múltiplas de dois (1:2, 1:4, 1:8, etc.) e de três (1:3, 1:6, 1:9, etc.). No caso dos splitteres (simétricos) utilizados em redes PON teremos sempre uma redução gradativa de potência de pelo menos 3dB no caso de um splitter de cardinalidade (razão de divisão) 1:2, pois neste caso, teremos sempre uma redução de potência de 50% em relação à entrada (50% para cada um dos dois ramos, sem contar com perdas denominadas de “inserção”).
Lembrando que, como no nosso caso estamos falando de redes PON, somente ocorrerá atenuação e nunca ganho de potência, já que o sistema é passivo.
Autor: Fernando César Morellato