Vivemos na era do intangível e da sociedade da informação, mas o que isso de fato quer dizer? Em primeiro lugar, houve uma revolução na sociedade que ficou conhecida como revolução industrial clássica na primeira metade do século XX (de 1900 a 1950). Nela, toda a indústria era fundamentada em máquinas a vapor. Portanto, com isso tivemos o surgimento de fábricas e mega corporações. E abaixo delas, consequentemente, toda uma sociedade que iniciou o trabalho em indústrias.
Nesta época o mundo sofria mudanças muito lentas e progressivas. Assim, tudo era muito previsível. Os trabalhadores que mantinham a operação destas máquinas eram tratados apenas como recursos de produção! Igualmente às máquinas, eram substituídas caso apresentassem problemas. Dessa maneira, o objetivo dessa época era unicamente a eficiência de produção. O que proporcionou processos de padronização e simplificação do trabalho.
Revolução Industrial Neoclássica e a eletricidade
Posteriormente, após essa época, de 1950 a 1990, houve o surgimento da era da Industrialização Neoclássica fundamentada no uso da eletricidade. Este período se iniciou após a Segunda Guerra Mundial. Nele, o método industrial empregado se tornou ineficaz e vagaroso demais. Então, agora os trabalhadores eram vistos como pessoas que produzem, recursos vivos e inteligentes. A partir dos anos 80 o mundo passou a mudar de maneira mais veloz.
Revolução da Automação e a era da informação
A partir dos anos 90, a tecnologia da informação (TI) proporcionou a globalização da economia. E com ela, dessa maneira, a competição entre empresas se tornou muito mais acirrada. Diversas empresas de nosso cotidiano surgiram (e algumas desapareceram) a partir da era da informação. Assim, podemos citar: Microsoft, Atari, Apple, Compaq, só para citar algumas. Agora havia a Internet. E com ela empresas se tornaram gigantes da noite para o dia. Após a popularização e a massificação do acesso à Internet surgiram empresas como: Uber, WhatsApp, Cabify, Netflix, Facebook, Spotify, Google, Amazon, Easy, Airbnb, etc.
O dinheiro (capital) deixou de ser o recurso mais importante e agora deu lugar ao conhecimento. Dessa forma as mudanças passaram a ser vertiginosas. Como resultado, produtos da noite para o dia passaram da necessidade ao ostracismo. Temos diversos exemplos: telefone público, rádio relógio despertador, Fax, CD, DVD, entre tantos outros. As mudanças passaram a ser cada vez mais rápidas e descontínuas caracterizando a disruptividade. Isso trouxe imprevisibilidade, especialmente no trabalho e uma necessidade constante de renovação.
Revolução da Indústria 4.0
Estamos na quarta revolução industrial, conhecida como Indústria 4.0, com a fusão mundos físico, digital e biológico. Tecnologias como inteligência artificial, robótica, big data, entre outras revolucionam a indústria e o cotidiano. Então, agora temos a presença massiva e cada vez maior de IoT (Internet of Things), ou Internet das Coisas. Há a necessidade de conservação da espécie, por meio da sustentabilidade. Assim, temos o surgimento das Cidades Inteligentes ou Smart Cities.
Conclusão
Neste contexto novas profissões surgem a cada dia, e outras tantas se esvaziam na poeira do tempo. Assim, temos a necessidade constante de evolução e produção e assimilação de novos conhecimentos, para que não nos tornemos obsoletos.
Empresas, da mesma forma tem que evoluir com o “andar da carruagem”. Temos o exemplo dos Provedores de Internet que devem buscar cada vez mais redes e serviços mais eficazes e velozes. Temos o exemplo da substituição de redes de rádio por redes ópticas. Os clientes estão cada vez mais exigentes. É crescer ou morrer. Empresas de caráter familiar devem evoluir seus processos internos de modo a se adequar a realidade mundial. E nesse cenário… Portanto, não durma no ponto…
Autor: Prof. Fernando César Morellato